Entenda as 4 fases do desenvolvimento infantil e sua importância

É comum ouvirmos dizer que “cada criança se desenvolve em seu próprio tempo”. Isso até pode ser verdade por um lado, porém, existem alguns comportamentos padrões esperados para quando atingimos uma determinada idade. Uma criança com dois anos, por exemplo, já deve saber andar e ter o começo de um vocabulário com algumas palavras simples. Isso faz parte do que chamamos de desenvolvimento infantil.

Existem diferentes etapas do desenvolvimento que abrangem a parte física, social, emocional e intelectual. É muito importante saber reconhecer a fase de crescimento em que a criança se encontra, para que, caso ela apresente algum atraso, por exemplo, possa ser feita uma intervenção adequada, no tempo certo.

Neste artigo, você vai entender um pouco mais sobre o desenvolvimento infantil, quais são as habilidades esperadas para cada idade e como identificar se a criança precisa de uma ajuda especializada. Acompanhe e descubra mais!

 

Como funciona o desenvolvimento infantil?

 

Primeiro, é bom esclarecer que o desenvolvimento não acontece de forma linear. De fato, cada criança tem suas particularidades e, desse modo, pode apresentar avanços e retrocessos durante o processo. O mais recomendado é entender o tempo de cada um e respeitá-lo, sem tentar estimular para mais ou para menos. 

 

O papel da escola é essencial para que o pequeno siga o caminho esperado, assim como a família, claro, deve acompanhar de perto e trabalhar juntamente à instituição de ensino. Dessa maneira, não existirão problemas que não podem ser sanados da melhor forma possível.

 

Quais são os tipos de desenvolvimento?

 

Quando pensamos no crescimento de um indivíduo, ele pode ser separado em algumas categorias. Neste artigo, trataremos das 4 principais: físico; emocional; intelectual; e social. Entenda mais sobre cada uma, a seguir.

 

1. Desenvolvimento Físico

 

Também pode ser chamado de desenvolvimento motor e inclui habilidades de andar, desenhar, pegar objetos, etc. Com o fortalecimento dos músculos, a criança consegue ter maior controle sobre o próprio corpo e, dessa forma, movimentos desajeitados ficam mais balanceados, com mais equilíbrio, por exemplo. Algumas habilidades esperadas com a idade são:

  • a partir de 8 semanas o bebê já pode ser capaz de sustentar o próprio pescoço;
  • com 8 meses, ele já consegue se arrastar ou engatinhar e com 9 já pode dar os primeiros passos; 
  •  entre 1 e 2 anos, a criança já consegue subir escadas, tem movimentos mais controlados e segura objetos;
  • dos 2 aos 3 anos a coordenação já é suficiente para saltar, manipular melhor objetos, como usar um lápis para desenhar, ou comer sozinho usando uma colher.

Apesar de serem muitas, não é necessário catalogar tudo o que a criança deve saber em cada fase. A observação já suficiente para saber se ela está se desenvolvendo ou não e, caso apresente algum comportamento incomum nesse processo, normalmente, não é difícil de perceber. Além disso, os profissionais que acompanham o crescimento da criança (como médico pediatra, professores da escola, etc.) são qualificados para avaliar se ela precisa de um suporte a mais ou não.

 

2. Desenvolvimento Emocional 

 

 O desenvolvimento emocional ou afetivo acontece desde bebê e é essencial para a criança como indivíduo. Ele está relacionado tanto a sentimentos em relação às pessoas com quem convive, como a reações ao ambiente e a objetos. Entre 1 e 2 anos, por exemplo, o pequeno estreita seus laços familiares e já tem maior sentimento de posse, tendo dificuldade de compartilhar brinquedos e outros objetos que toma como seus.

Essa fase também está ligada aos momentos de “birra” ou “pirraça” provocados por alterações no humor. O recomendado é saber impor limites e também demonstrar carinho, amor e atenção, indispensáveis para uma boa saúde emocional.

 

3. Desenvolvimento intelectual

É também conhecido como conhecimento cognitivo, e abrange processos como pensamento, raciocínio, memória, linguagem, atenção, resolução de problemas, entre outros. Tudo isso deve ser desenvolvido com o tempo, em uma aprendizagem contínua. 

No início, até os 12 meses, tal aprendizagem se dá, principalmente, por meio dos sentidos, imitando sons, por exemplo, ou levando objetos à boca. Com o passar do tempo, a criança passa a entender a relação de causa e efeito, consegue focar mais a atenção, torna-se mais questionadora e curiosa, aprendem certa quantidade de cores, números, entre outros. Aqui, a escola tem um papel muito importante, mas é bom lembrar que a criança também aprende muito em casa, nas situações cotidianas.

 

4. Desenvolvimento social

Em bebês, observamos o desenvolvimento social nas interações com quem os rodeia, imitando sons e gestos, por exemplo, e mais tarde, no interesse em interagir com outros bebês. A partir do momento que a criança adquire a linguagem, a comunicação se torna cada vez mais complexa, da mesma forma, a socialização.

É nessa etapa também que entra a autonomia do indivíduo, quando começa a se separar da figura materna, por exemplo, e buscar outros grupos com que possa interagir. Assim como a observação das relações ao redor permite a distinção dos “papéis” do adultos em sua vida, e surge a vontade de agradar, para garantir a aprovação e afeto dos adultos que considera importantes.

 

Quais fatores impactam o desenvolvimento infantil?

 

Amor e cuidado são os principais elementos para que uma criança cresça saudável e se desenvolva bem. Mas existem também alguns fatores que são importantes considerar:

  • hereditariedade: se o pai ou a mãe começou a andar ou a falar mais tarde que o comum, por exemplo, o filho também pode ter tais atrasos;
  • nutrição: a alimentação afeta tanto desenvolvimento físico, como intelectual, já que é preciso um corpo bem nutrido para que todas as funções trabalhem adequadamente;
  • ambiente: se o local onde a criança vive tiver estímulos o suficiente, o desenvolvimento intelectual, principalmente, ocorre mais facilmente, sendo que a falta de estimulação pode atrasar o processo;
  • problemas físicos: condições médicas podem dificultar o desenvolvimento, por vezes sendo necessária ajuda de profissionais especializados, como no caso de crianças surdas, por exemplo, que demoram mais para evoluir a linguagem.

 

É importante ressaltar que a dinâmica familiar também pode afetar o desenvolvimento infantil e, portanto, o ponto a ser corrigido nem sempre será a própria criança.

Lembre-se que indivíduos diferentes se desenvolvem em tempos diferentes. Caso observe algo que pareça muito fora do padrão esperado, o ideal é procurar o pediatra e pedir orientações sobre o que seu filho ou filha possa estar precisando.

Tem mais alguma dúvida sobre o assunto? Deixe nos comentários e tentaremos lhe ajudar!